Com 84% de volume útil, o reservatório atinge seu maior índice desde 2013.
O Lago de Furnas alcançou esse ano um volume que não alcançava desde 2012, quando registrou 86% do total do reservatório. A água já atinge 84% de volume útil, segundo os dados do Operador Nacional do Sistema (ONS).
Com esse volume, o lago já ultrapassou a chamada Cota 762, a mínima solicitada por representantes da região para manter as atividades econômicas que dependem do reservatório (como turismo e psicultura), e está próxima da máxima, 768 metros. A cota, nesse mês de abril, está em 766 metros acima do nível do mar.
Mas de 2013 em diante houve uma queda brusca no volume útil do reservatório, que chegou a registrar 24% de volume útil em 2015 – 756 metros acima do nível do mar. Entre 2013 a 2021 o melhor índice foi em 2016 com 76% do volume útil. No ano passado, o reservatório atingiu 759 metros e 39% do volume. Esses números são referentes ao mês de abril.
Apesar do volume maior do reservatório, as associações pró-Lago de Furnas temem uso menor das usinas térmicas com o fim da bandeira de escassez hídrica. Há o temor com a diminuição do volume de água no reservatório com o uso maior das termelétricas. No entanto, o Operador Nacional do Sistema nega que a diminuição do uso das termoelétricas signifique o aumento do uso da água para produzir energia hidroelétrica.
Uma resolução da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), publicada em dezembro e válida até esse mês de abril, ajudou o aumento do volume no reservatório de Furnas. No documento há restrições para operações do lago pelo ONS, porém ao atingir 70% do volume útil essas restrições foram suspensas e, com isso, a vazão (antes limitada em 300 metros cúbicos/segundo) já aumentou em até cinco vezes, segundo a Alago (Associação do Municípios da Região do Lago de Furnas).
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