Violeiros e violas estão presentes na vida de todos os mineiros, por meio de festejos, festas religiosas e cultura popular. Por todas as regiões do estado, fazem parte de diversas tradições que se desenvolveram nas cidades mineiras, como celebrações, manifestações sagradas e expressões culturais, tais como folias, congados, rodas de viola e catiras, em distintos cenários socioculturais.
Há pouco mais de três anos os Saberes, Linguagens e Expressões Musicais das Violas em Minas Gerais foram reconhecidos como patrimônio cultural do estado, resultado de pesquisa e estudos realizados pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG).
Até aqui, 1.816 violeiros e 122 fazedores de violas já integram o cadastro, que permanece disponível em www.iepha.mg.gov.br.
Três municípios possuem o maior número de cadastros de violeiros: Uberaba, Uberlândia e Sete Lagoas. Já Conselheiro Lafaiete, São Francisco e Patos de Minas estão entre as cidades com mais fazedores de violas cadastrados.
“O reconhecimento formal do patrimônio de natureza imaterial, ou seja, de saberes e expressões culturais, cria um caráter vinculante, fazendo com que o poder público passe a atuar na construção de políticas públicas que protejam e promovam o bem cultural em questão”, destaca o presidente do Iepha-MG, Felipe Pires.
No caso do Registro dos Saberes, Linguagens e Expressões Musicais da Viola, acrescenta Pires, o resultado é a extensa documentação, a partir de "diversos meios, tais como texto, vídeos e áudios, de modo a garantir que aquela forma de expressão não seja perdida e que, portanto, possa continuar a ser transmitida às novas gerações de violeiros e luthiers”, completa.
Caderno e vídeo
Os saberes, linguagens e expressões musicais da viola em Minas Gerais ganharam uma publicação na série Cadernos do Patrimônio e um documentário. A publicação impressa reúne fotografias, textos e trechos de entrevistas coletadas ao longo da pesquisa realizada pelo Iepha-MG. O exemplar sobre as violas está disponível, em versão digital, no site do Iepha-MG.
Já o documentário foi elaborado ao longo do ano de 2018, com conteúdo de entrevistas com violeiros, violeiras e fazedores de diversas regiões de Minas Gerais, além de momentos festivos em que as violas estão presentes, tais como as Folias, o Congado, a Catira e as Rodas de Viola. Também estão contempladas no filme as trajetórias de alguns dos principais nomes da viola em Minas Gerais: Tião Carreiro, Zé Coco do Riachão e Renato Andrade.
O documentário está disponível no canal do Iepha-MG no Youtube para ser assistido e compartilhado.
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