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Um em cada 10 pequenos negócios abertos na pandemia fechou as portas antes de completar cinco meses.

Levantamento realizado pelo Sebrae Minas mostra que 89% do total de baixas no estado é de microempreendedores individuais (MEI).

Um em cada 10 pequenos negócios abertos na pandemia fechou as portas antes de completar cinco meses.
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Levantamento realizado pelo Sebrae Minas mostra que 89% do total de baixas no estado é de microempreendedores individuais (MEI)
Cerca de 9,5% dos pequenos negócios abertos em Minas Gerais no período da pandemia fecharam as portas antes de completarem cinco meses de atividade. É o que mostra um levantamento realizado pelo Sebrae Minas, com base em dados da Receita Federal. De acordo com o estudo, entre abril de 2020 e junho deste ano, para cada pequeno negócio encerrado no estado, outros 2,9 foram abertos.
No total, foram criadas cerca de 477 mil empresas do segmento, contra aproximadamente 164 mil encerradas, considerando microempreendedores individuais (MEI), microempresa (ME) e empresas de pequeno porte (EPP). “Apesar do saldo positivo, praticamente uma em cada 10 empresas não chegou a completar um ano de vida, o que sugere o aumento do empreendedorismo por necessidade, sem planejamento, e com caráter temporário”, explica Felipe Brandão, gerente da Unidade de Inteligência Empresarial do Sebrae Minas.
Os MEI formalizados a partir de abril de 2020 e que encerraram até junho de 2021 respondem por 89% do total de baixas, com uma taxa de mortalidade de 9,5%. As taxas de mortalidade entre as ME e as EPP foram, respectivamente, de 5,4% e 3,3% no período. “Embora menores, essas taxas também pedem atenção, ainda mais considerando o curto tempo em que essas empresas se mantiveram ativas, pouco mais de quatro meses”, reforça o gerente.
Além do ambiente de negócios (nível de atividade econômica, carga tributária, acesso a crédito, burocracia, etc.), a sobrevivência das micro e pequenas empresas está atrelada a outros fatores, como destaca o especialista: “falta de preparo do empreendedor, de planejamento, orientação e conhecimento sobre o mercado e o negócio, tudo isso somado à urgência em empreender, leva ao encerramento precoce de empresas, trazendo diversos custos ao desenvolvimento econômico”, completa.
Mais negócios encerrados este ano
A mortalidade de pequenos negócios no primeiro semestre de 2021 aumentou cerca de 20% em relação ao mesmo período do ano passado, quando quase 63 mil empreendimentos foram encerrados em Minas Gerais. Nos seis primeiros meses deste ano foram aproximadamente 76 mil. “Quando observamos o porte dos empreendimentos, 66% são MEI e os 37% restantes são micro ou pequenas empresas, uma distribuição bastante semelhante à proporção desses segmentos no universo de empresas, o que indica uniformidade no impacto da crise”, destaca o gerente do Sebrae Minas.
Alta rotatividade entre os MEI
O levantamento feito pelo Sebrae Minas mostra que para cada pequeno negócio encerrado no estado, 2,9 foram abertos. A rotatividade é maior entre os MEI (3,6) e menor entre as EPP (2,4) e as ME (1,5). Segundo Felipe Brandão, isso indica que “a menor burocracia favorece a criação de novos MEI, já que as empresas de pequeno porte e as microempresas exigem uma estruturação de capital e maior planejamento”.

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