Em meio à guerra na Ucrânia, aos aumentos dos combustíveis no Brasil, da inflação subindo, a boa notícia veio do recorde de geração de energia solar que tem aumentado fortemente em todas as partes do país e podem até ajudar na cota mínima para o Lago de Furnas.
No começo de março o Brasil bateu a marca histórica de 14 gigawatts (GW) de capacidade instalada de energia solar, aquela gerada a partir de painéis, chamados células fotovoltaicas. É a mesma potência da usina hidrelétrica de Itaipu, a segunda maior do mundo, a informação foi divulgada e celebrada pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
Com os aumentos consecutivos desde o ano de 2012, a energia solar no Brasil chegou a ser a quinta dentro da matriz energética nacional, com pouco mais de 6,6%, ficando atrás da primeira que são as hidrelétricas, com mais de 55% da produção, depois vem a eólica, com 10,2%, o gás natural com 8,2% e biomassa em quarta com 7,9%. A outra boa notícia, ela está à frente do carvão, da nuclear e do petróleo, todas finitas e altamente poluentes.
De acordo com a Absolar, a fonte solar já trouxe ao Brasil, desde 2012, mais de R$ 74,6 bilhões em novos investimentos, R$ 20,9 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e gerou mais de 420 mil empregos. Evitou também a emissão de 18 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade.
Ao contrário da energia hidroelétrica, que necessita de grandes obras, grandes áreas para reservatórios, e causam impactos ambientais gigantes e irreversíveis, a energia solar conta com parques descentralizados, com instalações em telhados, fachadas e pequenos terrenos, a chamada geração distribuída, sem necessidades de grandes intervenções e baixíssimo impacto de instalações e transmissão.
Para além dos grandes e pequenos telhados das residências e indústrias, as placas fotovoltaicas têm sido instaladas em estacionamentos, com dupla função, além de gerar energia e ainda proteger os veículos. Como no Parque Villa Lobos e Portinari, em São Paulo, com 3 mil placas solares instaladas, a energia obtida a partir delas é suficiente para abastecer todas as dependências de ambos os parques. Eles são os primeiros parques públicos autossustentáveis no país.
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