O presidente-eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) os cinco primeiros nomes de seu ministério.
Montanhês FM 97,1
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Fazenda: Fernando Haddad (PT)
O ex-prefeito de São Paulo assumirá a pasta da Fazenda. Haddad foi ministro da Educação no governo de Dilma Rousseff (PT) e candidato do PT à Presidência em 2018 após a prisão de Lula.
Neste ano, disputou o governo de São Paulo, mas foi derrotado no segundo turno por Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Haddad tem mestrado em Economia. É também graduado em Direito e possui doutorado em Filosofia — todos os cursos pela Universidade de São Paulo (USP), onde atualmente é professor de Ciência Política.
Foi analista de investimentos do Unibanco e consultor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), onde foi um dos responsáveis pela criação da Tabela Fipe, até hoje uma das principais referências para o valor de negociação de carros.
"Ele tem a incumbência de ter uns dias para montar sua equipe e já começar a apresentar resultado antes de a gente tomar posse", disse Lula.
O presidente-eleito destacou que, agora, a imprensa poderá procurar Haddad para tratar de assuntos econômicos.
"Vocês poderão conversar com o Haddad sobre o mercado, sobre a preocupação do mercado, e espero que Haddad fale do mercado mas fale do problema social que o Brasil precisa."
Casa Civil: Rui Costa (PT)
O atual governador da Bahia será o ministro-chefe da Casa Civil. Ele deixará o governo após ser reeleito em 2018 e emplacar o também petista Jerônimo Rodrigues para sucedê-lo.
Costa também já foi deputado-federal de fevereiro de 2011 a janeiro de 2012 e de abril a dezembro de 2014 e foi secretário da Casa Civil na Bahia de 2012 a 2014.
Rui Costa é considerado um dos principais quadros do PT no Nordeste e um dos responsáveis pelas expressivas votações que Lula teve nos dois turnos na Bahia.
Mas seu nome enfrentou resistências internas entre aliados de Lula por ser visto como um quadro com pouco trânsito político fora do Nordeste.
Em 2022, ele chegou a cogitar disputar uma vaga ao Senado, mas não se candidatou como parte do acordo para que o aliado Otto Alencar (PSD) pudesse concorrer e se manter no Senado.
Na Casa Civil, ele terá a função de fazer a articulação entre o Executivo, o Congresso Nacional e o Judiciário.
Lula disse que Costa "certamente vai prestar um extraordinário serviço".
Defesa: José Múcio (PTB)
O ex-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU) assumirá a pasta da Defesa. Será o primeiro civil no cargo em quase cinco anos.
Múcio foi deputado-federal por cinco mandatos consecutivos, de 1991 a 2007, quando deixou o Congresso para ser ministro-Chefe da Secretaria de Relações Institucionais de Lula por dois anos.
Ele foi indicado para o TCU pelo petista em 2009 e se aposentou em 2020.
Múcio foi chamado de um "grande companheiro" por Lula, que declarou: "Logo depois de terminar o jogo do Brasil, eu vou ter uma reunião com ele e os comandantes (das Forças Armadas) para que a gente possa começar a discutir o futuro do Brasil".
Justiça: Flávio Dino (PSB)
O senador-eleito pelo Maranhão e governador do Estado por dois mandatos consecutivos assumirá a Justiça.
Dino é tido como um dos principais aliados de Lula no Nordeste e vinha sendo cotado para o ministério desde a vitória do petista.
Lula enalteceu a trajetória profissional de Dino ao anunciá-lo e dizer que tem "uma história política consagrada como deputado, presidente da Embratur, militante de esquerda e juiz federal".
"Tenho certeza que ele vai ajudara consertar muitas coisas neste pais", afirmou o presidente-eleito.
Durante boa parte de sua carreira, Dino foi filiado ao PCdoB. Atualmente, ele está filiado ao PSB.
Relações Exteriores: Mauro Vieira
Será a segunda vez que o embaixador e servidor de carreira do Itamaraty assumirá a pasta. Ele já a comandou no segundo governo de Dilma Rousseff, entre 2015 e 2016, e deixou o cargo após ela sofrer impeachment.
Também esteve à frente das embaixadas brasileiras em Buenos Aires, na Argentina, e em Washington, nos Estados Unidos.
Em 2016, ele foi nomeado como representante permanente do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU).
Atualmente, chefia a embaixada em Zagreb, capital da Croácia, motivo pelo qual foi o único dos anunciados a não estar presente na coletiva de imprensa, conforme explicou Lula.
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