Radio Montanhes FM

(35)3853-1722
Facica

Economia

Pobreza bate recorde e atinge quase 20 milhões de brasileiros.

Número de 19,8 milhões é o maior em uma década, de acordo com levantamento. Já o contingente de pessoas em pobreza extrema chega a 5,3 milhões.

Pobreza bate recorde e atinge quase 20 milhões de brasileiros.
Use este espaço apenas para a comunicação de erros nesta postagem
Máximo 600 caracteres.
enviando

O número de pessoas que vivem nas metrópoles brasileiras em situação de pobreza atingiu 19,8 milhões em 2021. Este é o maior nível já registrado na série histórica, iniciada em 2012, de um estudo cujo resultado mais recente foi divulgado nesta segunda-feira (8). Em sua 9ª edição, o Boletim Desigualdade nas Metrópoles analisa estatísticas das 22 principais áreas metropolitanas do país.

Com o salto, o número de pobres passou a representar 23,7% da população total dessas regiões. O levantamento apontou também que o contingente de pessoas em pobreza extrema nas áreas pesquisadas chegou a 5,3 milhões em 2021. A marca representa 6,3% da população brasileira. O boletim se baseia nos critérios estabelecidos pelo Banco Mundial para definir os parâmetros de pobreza e pobreza extrema.

As regiões metropolitanas com as maiores taxas de pobreza observada em 2021 foram Manaus (41,8%) e Grande São Luís (40,1%), as duas únicas acima de 40%. Já os locais com os menores índices registrados foram Florianópolis (9,9%) e Porto Alegre (11,4%).

Os pesquisadores associam o aumento da pobreza em 2021 a pelo menos três fatores: a recuperação incompleta do mercado de trabalho, a disparada da inflação e a abrupta retirada do auxílio emergencial, no início de 2021. O benefício chegou a ser retomado alguns meses depois, mas o recorte de público e os valores foram reduzidos.

   A pesquisa foi produzida em parceria pelo Observatório das Metrópoles, a PUC do Rio Grande do Sul e a Rede de Observatórios da Dívida Social na América Latina. Os dados são provenientes da Pnad Contínua anual do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e dizem respeito à renda domiciliar per capita total. O recorte foi feito de acordo com as definições do Instituto e abrange pontos que vão além do mercado de trabalho, contemplando ainda outras fontes de renda e incluindo o acesso a programas sociais.

  No dia 2 de agosto, uma pesquisa revelou que um a cada três brasileiros afirmou não ter a quantidade de comida suficiente para alimentar sua família em meados de 2022. O mesmo levantamento apontou que aproximadamente 20% dos entrevistados compra soro de leite e sobras de carne para conseguir consumir os alimentos.

   Uma pesquisa sobre a fome e insegurança alimentar realizada por 10 pesquisadores do Canadá, Estados Unidos, Reino Unido, Dinamarca, Índia, Tanzânia, Peru e Brasil apontou que o agravamento da fome no mundo e as más condições socioeconômicas são fatores responsáveis por adiantar, em uma década, a manifestação de doenças crônicas simultâneas em pessoas de baixa renda, quando comparadas às faixas mais ricas. O artigo, resultado de uma análise de estudos científicos de diversos países sobre multimorbidades, aponta que condição social é decisiva no aparecimento e na piora de doenças.

Comentários:
Design Media Studio

+ Lidas

Veja também

Olá, bem vindo, no que podemos ajudar?