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PL mantém pedido para anulação de votos apenas no segundo turno.

Não é possível contestar as urnas apenas em um turno, diz especialista

PL mantém pedido para anulação de votos apenas no segundo turno.
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Em entrevista coletiva nesta quarta-feira (23), o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou que o partido mantém o pedido de anulação de parte de votos em parte de urnas apenas no segundo turno.

Na terça-feira (22), o presidente Jair Bolsonaro (PL) entrou com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo a anulação de votos em alguns modelos de urnas no segundo turno, alegando “desconformidades irreparáveis de mau funcionamento” nos dispositivos.

O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, havia dado 24 horas para que o partido apresentasse informações também sobre possíveis irregularidades nas urnas no primeiro turno das eleições.

O ministro Ricardo Lewandowski, vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou nesta quarta-feira (23) que se há defeito nas urnas, como alega o Partido Liberal (PL), também teriam que ser anulados resultados da eleição para senador, deputado, governador. De acordo com Lewandowski, “se confirmada a tese do PL, teria que anular toda a eleição”.

Lewandowski também comentou sobre a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que deu prazo de 24 horas para o PL apresentar também dados sobre supostos defeitos nas urnas durante o primeiro turno.

“O ministro Alexandre de Moraes deu 24 horas para eles emendarem a inicial. Concordo. Se o defeito está nas urnas, está tanto no primeiro quanto no segundo turno. Se alegar defeito e colocar em xeque toda a votação no segundo turno, evidentemente esse defeito estaria no primeiro turno e aí teria que anular toda a eleição para senador, deputado, governador”, disse.

O atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, entraram com uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para pedir a anulação de votos feitos em cinco modelos de urnas no segundo turno das eleições de 2022. A alegação é de que houve “desconformidades irreparáveis de mau funcionamento” em determinados modelos.

A coordenadora da organização “Transparência Eleitoral Brasil”, Ana Claudia Santano, explicou que não é possível contestar apenas um turno das eleições, já que ambos usaram os mesmos equipamentos e os mesmos procedimentos de auditoria.

Na terça-feira (22), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, deu 24 horas para que o Partido Liberal (PL) inclua dados sobre o 1º turno das eleições no relátorio encaminho à Corte que pede a anulação de votos feitos em cinco modelos de urnas anteriores a 2020.

Santano explicou que a tecnologia não é infalível, e por isso as auditorias são repetidas a cada eleição. “É bastante natural encontrar um ponto de ajuste, o que é bem diferente de dizer ter encontrado uma falha que comprometa toda a segurança do sistema.”

Santano disse que a simbologia da contestação feita com base na auditoria do PL é muito grande. “Uma mensagem como essa pretende fortalecer a permanência da dúvida, que atinge não só o sistema eletrônico de votação e sim a própria democracia brasileira”, completou.

Para ela, o dano causado por essa contestação já é evidente na reação negativa dos mercados e no prejuízo à imagem internacional do Brasil. “O Brasil é um ator geopolítico muito importante, qualquer ataque a nossa democracia é observado pelo mundo.”

 

Fonte: CNN Brasil

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