Bella Montoya foi declarada morta em um hospital na cidade de Babahoyo, no centro do país, em 9 de junho. Depois de ter sido encontrada lutando para respirar dentro do caixão, foi levada às pressas de volta à unidade de saúde.
Após uma semana na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), contudo, ela acabou falecendo de um acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico, conforme as informações divulgadas pelo Ministério da Saúde do Equador.
Segundo a pasta, Montoya permaneceu sob "vigilância permanente" enquanto esteve no hospital.
Na sexta-feira, a mulher foi levada de volta ao mesmo local onde havia sido realizado seu "primeiro" funeral e, em seguida, enterrada em um cemitério público, segundo o registro da mídia local.
A cobertura da imprensa mencionou ainda que Montoya sofria de catalepsia, uma condição que deixa o corpo rígido e imóvel e que, em alguns casos, pode ser confundida com a morte.
Uma comissão formada por especialistas foi designada pelas autoridades de saúde equatorianas para avaliar o caso.
Cinco horas dentro do caixão
Montoya quase foi enterrada viva no último dia 9 de junho, mas reagiu a tempo, em pleno velório.
A mulher estava há cerca de cinco horas dentro de um caixão fechado na funerária.
Quando parentes se aproximaram para trocar sua roupa para o funeral, entretanto, encontraram a idosa ofegante, ainda vestindo a camisola e a pulseira do hospital.
Minutos depois, Montoya foi colocada em uma maca e levada por bombeiros para o mesmo hospital de onde tinha saído horas antes, supostamente como vítima de um AVC.
"Minha mãe começou a mexer a mão esquerda, abriu os olhos, a boca; ela tinha dificuldade para respirar", disse na ocasião seu filho Gilberto Barbera Montoya, descrevendo o momento em que percebeu que sua mãe ainda estava viva.
Pouco antes, ele havia recebido dos médicos um atestado de óbito em que constava que a idosa havia morrido de parada cardiorrespiratória após sofrer um derrame.
Um vídeo gravado por um vizinho presente na funerária que viralizou mostra a mulher deitada no caixão aberto.
A jornalista equatoriana Cristina Muñoz disse à BBC que não é incomum que o caixão não seja aberto até chegar à funerária.
"A limpeza de um cadáver às vezes é feita em hospitais, mas preparar o corpo e maquiá-lo antes do velório é feito por profissionais em funerárias", explicou Muñoz, de Quito.
Mas nem sempre esse cuidado na funerária ocorre, pois, nas palavras de Muñoz, "esse ritual costuma ser muito caro, então famílias com poucos recursos optam por fazer por conta própria".
Um caso semelhante aconteceu em fevereiro, no Estado de Nova York, Estados Unidos - uma mulher de 82 anos começou a respirar durante o velório, três horas depois de ser declarada morta em uma casa de repouso.
Fonte: BBC
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