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Arsenal de quadrilha morta em operação no Sul de Minas é de guerra, diz PM.

O  grupo de criminosos foi surpreendido em duas chácaras.

Arsenal de quadrilha morta em operação no Sul de Minas é de guerra, diz PM.
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Grupo estaria ligado ao chamado Novo Cangaço, e foi encontrado após ação da inteligência da PM e da PRF

O arsenal apreendido pela Polícia Militar e Polícia Rodoviária Federal (PRF) junto com  a quadrilha.
A maioria das armas é de uso exclusivo das forças armadas e uma delas, uma metralhadora .50,  é  usada para combater tanques de guerra.
O tenente-coronel Flávio Santiago, chefe da assessoria de imprensa da PM, chama a atenção para o arsenal, em especial, esse armamento. "A quadrilha possuía um verdadeiro arsenal de guerra, sendo apreendidos fuzis, metralhadoras .50, explosivos e coletes à prova de balas, além de vários veículos roubados. Foram arrecadados ainda diversos "miguelitos" (objetos perfurantes feitos com pregos retorcidos usados para furar os pneus). Ela tem uma munição antitanque de alta energia."

"Nossos policiais correram um grande risco de morte por conta desses infratores. Graças a Deus, uma ação de inteligência em sintonia da PM com a PRF, que mostra a sinergia no estado de Minas, fez com que esse arsenal fosse apreendido e os policiais que trocaram tiros numa posição privilegiada mantendo-se incólumes, isso é uma notícia importantíssima", completou.

A operação das polícias Militar de Minas Gerais (PMMG) e Rodoviária Federal (PRF)  que resultou na morte de 26 acusados de envolvimento no 'novo cangaço ', em Varginha, no Sul de Minas Gerais, na madrugada deste domingo (31/10), abortou,  de acordo com o comando da megaoperação, ataque que estava sendo preparado  a um centro de distribuição de valores do Banco do Brasil no município mineiro. A expressão 'novo cangaço'  tem designado ataques de quadrilhas que se tornaram frequentes desde o fim dos anos 90 , estruturados para invadir pequenas cidades e assaltar bancos. O  grupo de criminosos foi surpreendido em duas chácaras , de acordo com a polícia, onde houve reação e foi recolhido armamento de guerra, inclusive armas que são de uso exclusivo das Forças Armadas.
A ação dos policiais ocorreu em dois sítios localizados em Varginha. Oficialmente, a PM informa que houve dois confrontos. Na primeira chácara, 18 suspeitos foram mortos e na segunda mais oito pessoas morreram. Nenhum policial se feriu. A corporação informou que eles participariam de ataques a agências bancárias ontem ou hoje na Região Sul do estado. Com eles, a polícia encontrou e apreendeu um arsenal de fuzis, explosivos, pistolas, carregadores, mais de 5 mil balas e outros materiais, como roupas, rádios, coletes e canetas laser.

O especialista em segurança pública e professor Luis Flávio Sapori, avaliou que a operação da PM e da PRF foi “realizada, apesar da alta letalidade”. Para ele, o trabalho das autoridades se baseou em informações coletadas por meio dos seus setores de inteligência. “Uma ação derivada de um trabalho investigativo prévio, o que é fundamental, principalmente, para lidar com as quadrilhas do novo cangaço”, afirmou.
“São grupos que não se rendem facilmente. Quando são acuados, usam do armamento de que dispõem para confrontar a polícia. São grupos criminosos pautados por uma grande afronta ao poder público. Sempre foram assim. Render-se pacificamente não é o padrão deles”, diz Luis Flávio Sapori. Apesar disso, o professor ressalta a necessidade de investigação por parte das corregedorias da PM e da PRF para assegurar que houve um confronto nos sítios, em vez de uma execução sumária.A delegada regional de Varginha, Renata Fernanda Gonçalves de Rezende, informou que os dados dos envolvidos ainda estão sendo apurados, mas confirmou que o grupo teria recebido apoio de pessoas de outros estados. “Inclusive de Brasília”, observou.

 

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